MATÉRIA DE CAPA

Transformar a provisão de bens e serviços públicos e coletivos nos espaços urbanos e regionais do Brasil

Por Carlos Brandão

Iniciamos esta edição com uma reflexão sobre os meios, vetores e veículos de ação para o planejamento territorial no Brasil – esse “enorme espaço-mosaico em movimento”, “simultaneamente dinâmico, heterogêneo e desigual”, como o descreve o professor Carlos Brandão (IPPUR/UFRJ). A partir de uma perspectiva multiescalar, o artigo traz uma estimulante discussão sobre as escalas espaciais de análise e ação a serem construídas no país e a necessidade de políticas consistentes de provisão de bens e serviços em seus espaços urbanos e regionais, sobretudo aqueles mais carentes e com maior destituição de direitos e serviços coletivos.

Transformar a provisão de bens e serviços públicos e coletivos nos espaços urbanos e regionais do Brasil

ARTIGOS

Geografia do crime

Pablo Lira faz uma análise da distribuição espacial da violência urbana no município de Vitória, buscando estabelecer uma correlação entre as estatísticas criminais e a organização social do território.

Índice de Bem-Estar

Bianca Reis Ramos avalia a qualidade de vida e infraestrutura urbana no município do Rio Grande, a partir das dimensões de mobilidade, condições ambientais, condições habitacionais, atendimento de serviços coletivos e infraestruturas.

Dos excluídos à revolução

O artigo de Thiago Canettieri e William do Valle pretende contribuir para o entendimento do processo de despossessão a que os trabalhadores urbanos são submetidos ao mesmo tempo em que aponta para a abertura de uma possibilidade de mudança.

ENTREVISTA

A cidade latino-americana em seu labirinto

Com Emilio Pradilla e CEDINS - Corporación para la Educación y la Investigación Popular

Arquiteto e professor da Universidade Autônoma Metropolitana do México (UNAM) fala sobre uma série de questionamentos que permeia as metrópoles da América Latina na sua fase neoliberal. O caráter “labiríntico”, neste caso, se reflete nas diferentes temáticas percorridas por Cobos para explicar a dinâmica das nossas cidades, com especial atenção à (re)concepção dos espaços públicos e sua relação com o capital imobiliário financeiro, elemento preponderante nas políticas públicas de hoje, especialmente naquelas oriundas de governos vistos como progressistas.

A cidade latino-americana em seu labirinto

ENSAIO

Cidade do avesso

Por Maria João Gomes, Madalena Corte-Real e Marianna Monte

As fotografias do ensaio desta edição tiveram origem na participação das autoras na Trienal de Arquitetura de Lisboa de 2013. Busca apresentar registros de uma estética quase invisível em Lisboa. Suas fotografias surpreendem por descortinar espaços escondidos, inesperados, discretos e íntimos. Em uma poética que se aproveita de linhas retas e curvas presentes nesses instantâneos do lado de dentro e do ordinário da vida, estabelecem, portanto, uma relação silenciosa, implícita e tensa com a espetacularização urbana, mesclando aparentes oposições entre o urbano e o rural e entre o presente e o passado.

SEÇÂO ESPECIAL

Ocupações urbanas e retratos cotidianos

Por Pacelli Henrique Martins Teodoro

Pacelli Teodoro faz um relato sobre as motivações que o levaram a acompanhar o cotidiano de três ocupações urbanas em Minas Gerais e seus respectivos personagens da luta pelo direito à moradia com base. Na seção especial Ocupações urbanas e retratos cotidianos, as imagens que acompanham o texto dão rosto às moradoras e aos moradores que protagonizam esse embate por mais direitos. Flagrados por um momento, esses rostos nos olham enquanto olhamos para eles. Suas vozes podem até ecoar dentro de nós. São rostos que expressam o suor e a dor da luta por direitos, mas, acima de tudo, são rostos que transbordam esperança.

Acesse aqui a versão completa dessa edição

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