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Da Refavela ao Koyaanisqatsi, duas músicas para o pó, a lama e o “CAUS”
Por Caio Santo Amore
Trata-se de uma crônica-homenagem a um grupo de jovens assessores e assessoras técnicas populares que vem atuando na região metropolitana do Recife, Pernambuco, a partir da experiência de uma breve visita a dois assentamentos populares sujeitos a violências sutis, a ameaças de remoção e a extinções físicas levadas a cabo: a ZEIS Caranguejo Tabaiares e o Conjunto Muribeca, em Recife e em Jaboatão dos Guararapes. O relato traz à tona o sentido da palavra favela como tema gerador da pedagogia freireana e procura estabelecer uma relação entre a demolição de um conjunto habitacional de mais de duas mil unidades numa metrópole do nordeste brasileiro e o famoso caso estadunidense do Pruitt-Igoe, em St. Louis. Assim, aponta para algumas das contradições das políticas habitacionais recentes no Brasil e para as lacunas de formação para lidar com as dimensões pouco tangíveis das necessidades habitacionais nesse país continental.
Palavras-chave: Favela; Habitação; Assessoria Técnica; Caranguejo-Tabaiares; Muribeca.
