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Apropriações simbólicas dos espaços públicos:
territorializações toponímicas em Nilópolis-RJ
Por Enderson Albuquerque e Miguel Angelo Ribeiro
O presente artigo tem por objetivo discutir o uso político-partidário das toponímias no município fluminense de Nilópolis. A cidade em questão, parte da região metropolitana do Rio de Janeiro, e conhecida nacionalmente e internacionalmente por hospedar a escola de Samba Beija-Flor, presencia um intenso processo de modificações de nomes de equipamentos públicos pautados por interferências políticas. Para a análise em questão, selecionamos apenas os espaços públicos que sofreram recente alteração de nomenclatura como forma de expressar o poder de um determinado segmento político e de demarcar um território. A análise dessa questão no cenário nilopolitano aponta para a predominância de dois grupos políticos os quais influenciam fortemente na decisão de nomear tais espaços: o clã Abraão-Sessim e os Calazans, os quais demarcam no espaço um poder territorial.
Palavras-chave: Nilópolis; Grupos políticos; Poder; Toponímia.