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Seria o “urbanismo tático” uma alternativa ao urbanismo neoliberal?
Por Neil Brenner
Quais tipos de benefícios o “urbanismo tático” poderia oferecer às cidades que vivem sob a tensão do rápido crescimento populacional, que intensifica a reestruturação industrial (agravando a situação das infraestruturas físicas sociais – que passam a ser consideradas inadequadas), que aumenta em níveis cada vez mais crescentes a polarização das classes sociais (mantendo precariamente o funcionamento de instituições públicas em geral), e que ajuda a proliferar os desastres ambientais e a vertiginosa alienação popular? Uma exposição apresentada sobre o crescimento desigual das cidades no Museu de Arte Moderna de Nova York (MoMA) pretendeu explorar essa questão através de intervenções especulativas formuladas por uma equipe de arquitetos cuja missão era apresentar propostas de desenho urbano para seis “megacidades” do mundo: Hong Kong, Istambul, Lagos, Mumbai, Nova York e Rio de Janeiro. Essa exposição provocou um debate considerável a respeito da nossa condição urbana planetária contemporânea e, mais especificamente, sobre as capacidades profissionais dos arquitetos, designers, urbanistas e planejadores em conseguirem influenciar essa condição de forma mais progressista e produtiva.
Palavras-chave: Urbanismo tático; Urbanismo neoliberal; Crescimento urbano desigual.