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Áreas protegidas e planejamento estratégico “ecologizado”: a Operação Urbana do Isidoro (Belo Horizonte, Minas Gerais)
Por Ana Carolina Pinheiro Euclydes
RESUMO
Na atual fase ecológica do capitalismo, a adesão ao discurso ambientalista para justificar decisões territoriais tem se tornado corriqueira. Tal adesão pode ser considerada sintoma de um processo de urbanização em que natureza e espaço constituem raridades – que o Estado reparte conforme decisões políticas, mas busca divulgar como justas e positivas para a coletividade. Neste artigo, a partir de contribuições de autores como Lefebvre (1991, 2008), Harvey (1996) e O´Connor (1993), são avaliadas as regras e o plano urbanístico da Operação Urbana do Isidoro, em Belo Horizonte (Minas Gerais), buscando-se apreender os mecanismos por meio dos quais as áreas protegidas são estrategicamente inseridas na produção do espaço urbano, legitimando certas práticas espaciais e interesses capitalistas.
Palavras-chave: Áreas protegidas; Espaço urbano; Operação urbana; Belo Horizonte.
ABSTRACT
In capital’s current ecological phase, it’s become commonplace to justify territorial decisions by adhering them to environmental causes. This adherence can be considered a symptom of an urbanization process in which nature and space are rarities – which the State distributes according to political decisions, but manages to disseminate as the most fair and positive for the whole community. This article, resorting to authors such as Lefebvre (1991, 2008), Harvey (1996) and O’Connor (1993), evaluates the rules and the urban plan of the “Urban Operation” [Operação Urbana] of Isidoro, in Belo Horizonte (Minas Gerais), seeking to apprehend the mechanisms through which protected areas are strategically placed in the production of urban space, legitimizing certain spatial practices and capitalist interests.
Keywords: Protected areas; Urban space; Urban operation; Belo Horizonte.