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O dizer rebelde como um escrito do/sobre o urbano
Por Fernando Augusto Souza Pinho
Este ensaio nasceu de uma experiência pessoal, vivenciada especialmente nos primeiros meses de minha estadia em Lisboa (Portugal). Ele emerge de mediações feitas a partir de uma relação tensa entre curiosidade, surpresa, estranhamento e “estrangeiridade”, o que deu origem a um conjunto de fotografias, as quais, em última instância, podem ser interpretadas como narrativas da/sobre a cidade de Lisboa. Desse conjunto chamaram minha atenção as fotografias que registravam a ocorrência de um modo específico de escrita urbana, o qual chamei de um “dizer rebelde”. Tal dizer se inscrevia na materialidade da cidade, com enunciados que apresentavam uma crítica à crise econômica portuguesa e, de forma mais geral, uma crítica ao capitalismo.