nº 11 ano 3 | Dezembro 2012
Especial

O dizer rebelde como um escrito do/sobre o urbano

Por Fernando Augusto Souza Pinho

Este ensaio nasceu de uma experiência pessoal, vivenciada especialmente nos primeiros meses de minha estadia em Lisboa (Portugal). Ele emerge de mediações feitas a partir de uma relação tensa entre curiosidade, surpresa, estranhamento e “estrangeiridade”, o que deu origem a um conjunto de fotografias, as quais, em última instância, podem ser interpretadas como narrativas da/sobre a cidade de Lisboa. Desse conjunto chamaram minha atenção as fotografias que registravam a ocorrência de um modo específico de escrita urbana, o qual chamei de um “dizer rebelde”. Tal dizer se inscrevia na materialidade da cidade, com enunciados que apresentavam uma crítica à crise econômica portuguesa e, de forma mais geral, uma crítica ao capitalismo.

O dizer rebelde como um escrito do/sobre o urbano
Fernando Augusto Souza Pinho
é engenheiro civil, funcionário da Agência de Regulação e Controle de Serviços Públicos do Estado do Pará (ARCON-PA) e doutorando em Planejamento Urbano e Regional no Instituto de Pesquisa e Planejamento Urbano e Regional da Universidade Federal do Rio de Janeiro (IPPUR/UFRJ). É pesquisador associado do grupo de pesquisa “Discurso e cidade” do Programa de Pós-Graduação em Memória Social da Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (Unirio).