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A participação popular como instrumentação para um modelo de gestão de sítios históricos urbanos
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RESUMO
Busca-se com o artigo compreender em que medida os elementos da gestão democrática participativa têm a capacidade de serem utilizados na construção de um modelo de gestão adequado aos sítios históricos urbanos brasileiros, para atender às demandas sociais da população residente nesses lugares. Para tanto, como estudo de caso, se volta ao cenário do Sítio Histórico de Olinda: um lugar permeado por um histórico de luta pelo atendimento das questões comuns defendidas pelos apaixonados moradores e canteiro de obras de um governo que o considera ‘fonte de rentabilidade financeira’, numa fala típica do empresarialismo urbano. Considerando-se que um dos fatores responsáveis pela manutenção da identidade cultural de áreas históricas é a permanência da população nativa, as ações e programas governamentais desenvolvidos nessa área têm sido pouco exitosos no atendimento às emergências urbanas locais, contribuindo para a ‘expulsão branca’ da população nativa. Por outro lado, a capacidade de organização e interferência no planejamento de tal sítio têm permitido aos seus moradores serem considerados pelas diversas instâncias do Poder Público, na condução dos projetos locais. A partir desta exposição, pretende-se alimentar a construção do tão desejável modelo de gestão adequado às especificidades dos Sítios Históricos Urbanos no Brasil.
Palavras-chave: Gestão urbana; Participação; Sítio Histórico de Olinda; Conservação urbana; Empreendedorismo urbano.
ABSTRACT
Busca-se com o artigo compreender em que medida os elementos da gestão democrática participativa têm a capacidade de serem utilizados na construção de um modelo de gestão adequado aos sítios históricos urbanos brasileiros, para atender às demandas sociais da população residente nesses lugares. Para tanto, como estudo de caso, se volta ao cenário do Sítio Histórico de Olinda: um lugar permeado por um histórico de luta pelo atendimento das questões comuns defendidas pelos apaixonados moradores e canteiro de obras de um governo que o considera ‘fonte de rentabilidade financeira’, numa fala típica do empresarialismo urbano. Considerando-se que um dos fatores responsáveis pela manutenção da identidade cultural de áreas históricas é a permanência da população nativa, as ações e programas governamentais desenvolvidos nessa área têm sido pouco exitosos no atendimento às emergências urbanas locais, contribuindo para a ‘expulsão branca’ da população nativa. Por outro lado, a capacidade de organização e interferência no planejamento de tal sítio têm permitido aos seus moradores serem considerados pelas diversas instâncias do Poder Público, na condução dos projetos locais. A partir desta exposição, pretende-se alimentar a construção do tão desejável modelo de gestão adequado às especificidades dos Sítios Históricos Urbanos no Brasil.
Keywords: Gestão urbana; Participação; Sítio Histórico de Olinda; Conservação urbana; Empreendedorismo urbano.