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Rodas de Samba em espaços públicos na Cidade do Rio de Janeiro: saber, técnica, cultura, contradições e resistências em tempos de “choque de ordem” e megaeventos
Por Leonardo Chagas de Brito
De imediato, partindo para as questões teórico-conceituais, o espaço é formado e transformado historicamente a partir do trabalho que permite o advento das técnicas (sistema de objetos) incorporada de novos conhecimentos (sistema de ações) que ao mesmo tempo se transforma em técnica (racionalidade das ações) (SANTOS, 1994), além das múltiplas especificidades produtivas, econômicas, políticas e administrativas na/da construção espacial capitalista. Entendemos que tanto o saber quanto a técnica são criados e inovados a partir da acumulação do trabalho do homem em seu processo de construção histórico-espacial. Atualmente, essas intencionalidades no conjunto saber-técnica-urbano estão relacionadas com uma maneira de pensar e agir do/no mundo, que se baseiam em um discurso único, o que BOURDIEU & WACQUANT, 2001 chamam de uma “nova vulgata planetária” . Santos (2006) nos mostra que tal discurso se relaciona com a ideia de globalização como fábula se mostrando como único rumo possível para a humanidade.