nº 6 ano 1 | Setembro 2011
Especial

Os Jogos Olímpicos podem não ter fim: algumas advertências sobre o "legado" olímpico à luz da experiência de Montreal

Por Pierre-Mathieu Le Bel

A proximidade dos jogos olímpicos do Rio de Janeiro em 2016 vem dando origem a uma série de questionamentos, sobretudo no que diz respeito à preparação e à realização deste Evento que dura, aproximadamente, duas semanas. O planejamento urbano contemporâneo, assim como as pesquisas científica, se debruçam cada vez mais sobre os megaprojetos e megaeventos. Muitas coisas estão em jogo e muitos atores são e serão envolvidos.

A história pode contribuir para que se conheça a gama de erros e as decepções ligadas à realização das Olímpiadas, através de experiências de cidades que já realizaram os Jogos Olímpicos, como é o caso de Montreal. O objetivo deste artigo é apresentar a experiência de Montreal e os problemas relacionados às Instalações Olímpicas (desde sua concepção até os dias de hoje) enfatizando as mudanças percebidas na relação entre os residentes e a cidade após a realização dos Jogos. O evento seria por definição pontual, contudo, ele se perpetua nas relações em que os residentes mantêm com sua cidade.

Os Jogos Olímpicos podem não ter fim: algumas advertências sobre o "legado" olímpico à luz da experiência de Montreal
Pierre-Mathieu Le Bel
é Doutor em Geografi a Social e Cultural pela Universidade de Ottawa, com Pós-Doutoramento no Instituto de Urbanismo da Universidade de Montreal, atualmente faz seu Segundo Pós-Doutorado na Universidade do Quebec em Montreal (UQAM).