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Os Jogos Olímpicos podem não ter fim: algumas advertências sobre o "legado" olímpico à luz da experiência de Montreal
Por Pierre-Mathieu Le Bel
A proximidade dos jogos olímpicos do Rio de Janeiro em 2016 vem dando origem a uma série de questionamentos, sobretudo no que diz respeito à preparação e à realização deste Evento que dura, aproximadamente, duas semanas. O planejamento urbano contemporâneo, assim como as pesquisas científica, se debruçam cada vez mais sobre os megaprojetos e megaeventos. Muitas coisas estão em jogo e muitos atores são e serão envolvidos.
A história pode contribuir para que se conheça a gama de erros e as decepções ligadas à realização das Olímpiadas, através de experiências de cidades que já realizaram os Jogos Olímpicos, como é o caso de Montreal. O objetivo deste artigo é apresentar a experiência de Montreal e os problemas relacionados às Instalações Olímpicas (desde sua concepção até os dias de hoje) enfatizando as mudanças percebidas na relação entre os residentes e a cidade após a realização dos Jogos. O evento seria por definição pontual, contudo, ele se perpetua nas relações em que os residentes mantêm com sua cidade.