nº 44 ano 12 | Março 2021
Entrevista

Planejamento urbano e saúde nas cidades

um diálogo inevitável

Com Suzana Pasternak e Natalia Pasternak

Desde o dia 12 de fevereiro de 2020, quando a Organização Mundial de Saúde anunciou que o mundo estava enfrentando uma pandemia provocada pelo coronavírus, as pessoas tiveram que ajustar suas vidas às condições impostas pelo perigo de uma doença que já matou mais de 450 mil pessoas no Brasil. Além das questões referentes à saúde, os impactos na economia, na política e nas formas das relações sociais continuarão sendo estudados por muitos e muitos anos e por especialistas de diversas áreas. Nunca uma abordagem que transpasse as diversas disciplinas foi tão necessária. É neste contexto, provocada pela necessidade de reflexão e diálogo interdisciplinar, que esta edição da e-metropolis traz uma das entrevistas mais instigantes e oportunas já publicadas pela revista. Promovemos um encontro acadêmico entre mãe e filha, duas pesquisadoras de inquestionável destaque em suas áreas. Suzana, a mãe, é urbanista, com um pé na demografia e outro na saúde pública. Natalia, a filha, é PhD em Microbiologia e uma das vozes mais ouvidas sobre COVID-19 no Brasil. Nesta entrevista, as Pasternaks falam sobre suas carreiras, o que as motivam e, cada uma na sua perspectiva, refletem sobre o presente e o futuro das cidades.

Planejamento urbano e saúde nas cidades
Suzana Pasternak
a mãe, tem formação em Arquitetura e Urbanismo pela Universidade Presbiteriana Mackenzie, com mestrado e doutorado em Saúde Pública pela USP. Professora titular da Faculdade de Arquitetura da USP, tem trabalhado durante sua carreira acadêmica nos temas da demografia, saúde pública, direito à cidade e à moradia digna. Membro do Observatório das Metrópoles desde sua formação, contribui de forma significativa para a pesquisa acadêmica no campo do Planejamento Urbano e Regional.
Natalia Pasternak
a filha, é formada em Ciências Biológicas pelo Instituto de Biociências da Universidade de São Paulo (IB-USP), PhD com pós-doutorado em Microbiologia, na área de Genética Molecular de Bactérias pelo Instituto de Ciências Biomédicas da Universidade de São Paulo (ICB-USP). Divulgadora científica, fundou o Instituto Questão de Ciência em 2018, onde promove a defesa do uso de evidência científica nas políticas públicas. Durante a pandemia da covid-19, teve relevância nacional na difusão de informação de qualidade para a população brasileira.