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A geração de cidades nas Alagoas:
da complexidade genética às emancipações políticas
Por Paulo Rogério de Freitas Silva
RESUMO
Destacamos inicialmente que o aspecto que estimula a elaboração deste texto se refere à origem dos núcleos urbanos, isto é, à gênese de núcleos embrionários, que, dependendo do determinante que processe essa constituição e que intervenha em seu íntimo, possa ou não torná-los povoados, vilas e até cidades, pois não são todos esses núcleos embrionários que instituem a essência urbana. Esse é um tema caro para a geografia, pois se distingue da questão que reflete emancipação política municipal e que invariavelmente é acometido de equívoco teórico-metodológico. Tal equívoco é expresso na ideia de que as cidades surgiriam automaticamente, a partir de suas emancipações políticas, como sedes municipais, obtendo instantaneamente a condição de cidade, o que não é legítimo. Os núcleos surgem com uma perspectiva de serem acometidos por uma letargia, ou por uma impulsão pela modernidade, isto é, impulso do urbano como modo de vida e consequentemente de expansão do seu espaço. E são os acometimentos apropriados através da história que lhes possibilitarão a probabilidade de emancipação política municipal ou não. E é esse o enredo que incentiva pensar e entender os núcleos, que surgem e têm o seu próprio percurso estabelecido, tais como os alagoanos, localizados no Nordeste brasileiro, que pioneiramente, a partir de polos de colonização, alcançam a condição de vilas, cidades e de capital, seguindo a influência de determinantes espontâneos e induzidos. Buscamos, assim, narrar a gênese e a dinâmica, culminando nas mutações que acometeram esses núcleos, provenientes de influências espontâneas e induzidas, que controlaram sua formação e organização interna.
Palavras-chave: Emancipação; Espontâneo; Gênese; Induzido; Lugares.
ABSTRACT
The aspect that stimulates the production of this text refers to the origin of the places, that is, the genesis, which, depending on the determinant that processes this constitution and that intervenes, may or may not make them, villages, towns and cities. This is a theme dear to the geography, because it distinguishes the question that makes the judgment about municipal political emancipation and that is invariably, a theoretical and methodological mistake when you refer to places, certify as if these have arisen automatically from their political emancipation, which is not legitimate. The places come with a prospect of be stricken by a lethargy, or a push by modernity. And the affections are appropriate that will allow them the probability of municipal political emancipation or not. This is the plot that encourages the thinking and understanding of places that arise and have their own established route, such as the places of Alagoas, located in the Brazilian Northeast, which, from colonization poles, reach the condition, towns, cities and capital, following the influence of spontaneous and induced determinants. We thus seek to narrate its genesis and its dynamics, culminating in the mutations that took place there, coming from spontaneous and induced influences that controlled its formation and internal organization.
Keywords: Emancipation; Spontaneous; Genesis; Induced; Places.