nº 36 ano 10 | Março 2019
Artigo

Reconhecendo mercados:

um estudo embeddedness sobre o shopping-chão

Por Helena Rodrigues Lopes e Maria Luiza Barbosa

RESUMO

O presente texto possui como objetivo discutir principalmente a partir da sociologia econômica como se organiza o mercado do “shopping-chão”. A proposta metodológica envolveu uma etnografia pelas ruas da cidade do Rio de Janeiro conversando com atores envolvidos/as nesta atividade. O estudo foi mobilizado a partir de uma percepção cotidiana do aumento de pessoas comercializando os mais diferentes objetos nas calçadas. De forma ampla, o “shopping-chão” pode ser caracterizado como um mercado que acontece nas calçadas, disposto sobre panos, ativamente agenciado e valorado pelos/as vendedores/as. Por meio da pesquisa empírica e de reflexões teóricas o artigo busca suscitar questões sobre mercados e relações sociais, embeddedness, trazendo para a reflexão as continuidades e tensionamentos entre agência e estrutura.

Palavras-chave: Mercado; Shopping-chão; Embeddedness; Agência.

ABSTRACT

The present text aims to discuss mainly from the economic sociology how the market of the “shopping-ground” is organized. The methodological proposal involved an ethnography in the streets of the city of Rio de Janeiro, talking with actors involved in this activity. The study was mobilized from a daily perception of the increase of people marketing the most different objects on the sidewalks. Broadly speaking, the “shopping-ground” can be characterized as a market that happens on the sidewalks, arranged on cloths, actively brokered and valued by sellers. Through empirical research and theoretical reflections the article seeks to raise questions about markets and social relations, embeddedness, bringing to the reflection the continuities and tensions between agency and structure.

Keywords: Market; Shopping-ground; Embeddedness; Agency.

Helena Rodrigues Lopes
helenaeco.agro@gmail.com
é graduada em Ciências Biológica e é doutoranda pelo Programa de Pós-Graduação de Ciências Sociais em Desenvolvimento, Agricultura e Sociedade da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (CPDA/UFRRJ), atua principalmente nos seguintes temas: agroecologia, práticas sociais e redes sociotécnicas.
Maria Luiza Barbosa
é graduada em Administração, trabalha na ONG CAPINA (Cooperação e Apoio a Projetos de Inspiração Alternativa) e é mestre em Ciências Sociais pelo Programa de Pós-Graduação em Desenvolvimento, Agricultura e Sociedade da Universidade Federal Rural do Rio ­de Janeiro (CPDA/UFRRJ).​