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Transtopias
sexopolíticas dos espaços e dos corpos em Fortaleza
Por Elias Ferreira Veras e Juliana Frota da Justa Coelho
Neste artigo, tomamos a capital cearense, Fortaleza, especificamente a região do Centro e os novos usos que travestis, transformistas e drag queens fizeram dos seus espaços, a partir da década de 1980 do século XX, para pensar as transtopias na cidade. Para tal, elencamos alguns espaços-experiências a partir de nossas pesquisas (COELHO, 2012; VERAS, 2017), como o Edifício Jalcy, localizado na Avenida Duque de Caxias; o carnaval, realizado na mesma avenida até os anos de 1980; o trottoir na Praça do Ferreira e nas ruas que margeiam essa praça; as boates e cinemas pornôs do Centro. Os conceitos heterotopia (FOUCAULT, 2013) e sexopolítica (PRECIADO, 2011) foram fundamentais para pensar os espaços transtópicos de Fortaleza. Desse modo, falaremos de transtopias como heterotopias singulares e situadas, onde foram estabelecidas novas relações sexopolíticas de resistências às heteronormas de gênero e sexualidade (BUTLER, 2003) e de controle da urbes, mas também de criação de novos espaços e subjetividades, que revelam uma cidade em constantes e conflituosos processos de transformação.
Palavras-chave: Transtopias; Sexopolítica; Cidade; Controle; Resistência.