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Manifestos urgentes:
descaminhos de uma caligrafia impressa sob(re) a pele urbana
Por Mariana Danuza Corteze
Se por hipótese indomável expandíssemos os limites do tradicional conceito de arte, nos defrontaríamos não mais com o dispositivo, mas sim com a fissura que põe à prova e desvela contramodelos de comportamentos hoje tão urgentes. Tal conduta exalta uma disposição corporal, um recorte de espaços e de tempos singulares que revela um conhecimento sensível político, seja porque evidencia os enigmas da dominação ou porque sai dos seus lugares próprios para transformar-se em prática social. É no embaralhamento dessas fronteiras, confundindo os papéis e propondo a emancipação dos sujeitos que a arte contemporânea – e todas as suas competências artísticas – tende a sair do seu domínio e a trocar de lugares e poderes. Podres poderes, diria Caetano. Logo, reconfiguremos o aqui e o agora: nossas expressões artísticas, nossos espaços de atuação, nossa cidade.