nº 13 ano 4 | Junho 2013
Especial

Colapso econômico, catástrofe ecológica, tecnologia e arte: à beira do apocalipse ou no limiar de transformações tecnológicas sem precedentes?

Por Keren Moscovitch e Marianna Olinger

Somos pequenos e nossos problemas imensos. A destruição se aproxima, medos atravessados em nossas gargantas, ansiedade é a doença desse início de século. O cheiro da morte está no ar. No mês de maio passado o MoMA PS1, uma das mais antigas e maiores Instituições sem fins lucrativos de arte contemporânea nos Estados Unidos, localizada em Nova Iorque, abriu a EXPO 1: New York, uma exploração dos desafios ecológicos no contexto de instabilidade econômica e sociopolítica do início do século XXI.

A instituição escolheu o período do ano em que recebe o maior número de visitantes para convidar um conjunto de pessoas de campos diversificados para colaborar não só na produção de arte mas na produção de conhecimento envolvendo outros campos – como arquitetura, física, sociologia e tecnologia, deslocando assim o discurso do Museu como espaço de exibição ou conservação para o lugar do Museu como produtor de conhecimento. O caráter multidisciplinar ganha ainda maior relevância quando se vê as diferentes áreas de conhecimento abordando questões similares a partir de óticas distintas. Apesar de o caráter interdisciplinar da EXPO 1: New York não estar tão explicito como seu caráter multidisciplinar, o esforço da curadoria merece atenção especial, e a necessidade de pensar diferente para abordar problemas cujas resoluções são cada vez mais complexas parece estar no centro desse esforço.

Colapso econômico, catástrofe ecológica, tecnologia e arte: à beira do apocalipse ou no limiar de transformações tecnológicas sem precedentes?
Keren Moscovitch
é artista, curadora, mestre em Belas Artes (SVA) e professora na Schoolof Visual Arts (SVA - Nova York).
Marianna Olinger
é artista, doutoranda em Planejamento Urbano e Regional (IPPUR/UFRJ).